Revisitar a história do império português, utilizando uma perspectiva geográfica e culturalmente descentrada, que questione e vá para além da noção tradicional da projeção de Portugal no mundo. O propósito é reequacionar e recontextualizar a figura do monarca, o reino e os territórios ultramarinos, à luz dos avanços historiográficos verificados nas últimas décadas, tanto ao nível dos problemas e tendências de investigação, como das metodologias e categorias analíticas.
Desafiar a ideia da excecionalidade da história portuguesa, através de análises comparativas, histórias conectadas, reflexões sobre a dimensão não portuguesa na exploração marítima portuguesa.
Valorizar a importância de atores e contextos que determinaram as trajetórias do império português numa perspetiva aberta e não teleológica, atenta às improvisações, adaptações e tentativas falhadas, a influências mútuas e experiências locais, realçando a contribuição de perspetivas e agentes não portugueses nas dinâmicas imperiais manuelinas.
Perceber melhor o significado da experiência que se costuma denominar portuguesa nos seus entrelaçamentos com um mundo marcado por rápidas e inesperadas transformações.